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domingo, 25 de março de 2012

Barriga é Barriga - Por A.Jabour

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Quem me conhece sabe que não concordo com tuuudo o que vem a seguir, mas vale a brincadeira... relembrando as sábias palavras citadas por Chico Anysio, olha só o que recebi hoje via email:


BARRIGA É BARRIGA...
Por Arnaldo Jabour

Barriga é barriga, peito é peito e tudo mais. Confesso que tive agradável surpresa ao ver Chico Anysio no programa do Jô, dizendo que o exercício físico é o primeiro passo para a morte. Depois de chamar a atenção para o fato de que raramente se conhece um atleta que tenha chegado aos 80 anos e citar personalidades longevas que nunca fizeram ginástica ou exercício - entre elas o jurista e jornalista Barbosa Lima Sobrinho - mas chegou à idade centenária, o humorista arrematou com um exemplo da fauna:
A tartaruga com toda aquela lerdeza, vive 300 anos. Você conhece algum coelho que tenha vivido 15 anos?
Conclusão: Esteira, caminhada, aeróbica, musculação, academia? Sai dessa enquanto você ainda tem saúde...
E viva o sedentarismo ocioso!!! Não fique chateado se você passar a vida inteira gordo. Você terá toda a eternidade para ser só osso!!!
Então: NÃO FAÇA MAIS DIETA!! Afinal, a baleia bebe só água, só come peixe, faz natação o dia inteiro, e é GORDA!!! O elefante só come verduras e é GORDOOOOOOOOO!!!
VIVA A BATATA FRITA E O CHOPP!!!
Você, menina bonita, tem pneus? Lógico, todo avião tem!
E nunca se esqueçam:

"Se caminhar fosse saudável, o carteiro seria imortal".

E lembrem-se sempre:

Celulite quer dizer :
EU SOU GOSTOSA - em braile!

Faça uma mulher feliz...encaminhe essa mensagem.
Obs.: para os homens...também!!!
 

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TEATRO - Identidade

PEÇA TEATRAL: IDENTIDADE
AUTOR, DIRETOR E INTÉRPRETE: VINÌCIUS PIEDADE

Quem nunca sofreu as consequências por trabalhar demais, ter muitas pressões e responsabilidades, que se cuide. Esta peça trata de uma típica situação limite, causada por uma aguda crise de Stafa. Muito trabalho pode levar uma pessoa a ter picos de amnésia, atitudes não características, momentos em que o indivíduo venha a se sentir como Rogério, personagem interpretado pelo ator, diretor e autor do monólogo Identidade, Vinícius Piedade.  Ele se percebe totalmente perdido, esquecido de tudo, inclusive de quem ele é.

Aos poucos o personagem se esforça para recuperar a memória, e traz algumas informações do presente como do passado. Da época atual ele se lembra de trabalhar com publicidade, estava no meio de uma grande campanha de sabão em pó. Ele é bem sucedido, já recebeu diversos prêmios, tem uma vida social estável com mulher e filha pequena além de bom relacionamento com os pais.
O divertido da história é a fase passada na sua adolescência. Por algum motivo ele traz à memória cinco amigos com nomes ou apelidos esquisitos, mas típicos da idade, como coxinha, batata ou espeto. Um fato que deve tê-lo marcado dá margem para a boa parte do enredo: na ocasião da morte de um tio querido de um dos seus amigos, outro deles dá uma ideia para espantar o baixo astral. Ele propõe uma ida ao bordel. Com ares de machos experientes no assunto, cada um deles inventa uma desculpa e acabam não realizando o desejo naquela noite. Mas ficou a lembrança no baú de memórias de Rogério, e no momento em que ele mais precisa revirar este passado para reativar o seu presente, é naquele fato que ele pensa. Um labirinto dentro da sua mente.
Mas seria algo real ou imaginário? Para ter certeza disso, o personagem narra sua procura pelos cinco amigos, e nos conta a reação de cada um, depois de 20 anos de ausência presencial ou mesmo de notícias. Bem ou mal, cada um deles o recebe e assim descobrimos quem é Rogério de Melo.

O interessante desse roteiro é que seu início é preocupante, não nos dá uma perspectiva de um momento prazeroso, mas aos poucos o ator nos prende a atenção por usar sua criatividade, virando a mesa ao colocar sua adolescência em cena, confrontando a si mesmo no reencontro do passado com o presente. Passou a ser divertido. Além de recuperar a sua identidade, o ator recuperou a apreciação do público.
Apenas não saí de lá satisfeita por um detalhe. Ele usou o termo “dissimulado” numa ocasião em que me pareceu mais adequado o uso do termo “simulado”.
Questão de verificação, pois uma significa o posto da outra. Enquanto simular significa dar a entender que se tem ou se é aquilo que não se tem ou não se é, dissimular é o oposto, significa demonstrar não ter algo que se tem, não ser algo que se é. Se houver uma oportunidade de rever o ator ou ler o seu texto vou me lembrar desta questão para me certificar desta dúvida que incomodou, ou com a qual não me identifiquei.  Mas RECOMENDO!



ONDE: No SESC Consolação - Rua Dr Vila Nova, 245
QUANDO: Até 13 de Abril


TALITA GODOY - MARÇO / 2012

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domingo, 18 de março de 2012

FILME - A DAMA DE FERRO

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FILME: A DAMA DE FERRO

DIREÇÃO: Phyllida Lloyd

ELENCO: Meryl Streep, Jim Broadbent, Richard E. Grant, Harry Lloyd, Anthony Head, Richard E. Grant, Roger Allam, Olivia Colman, Susan Brown.

      Uma jovem diferente como ela, desde cedo já dava sinais de sua impetuosidade, ousadia e determinação para ir muito além das mulheres do seu tempo. Quando pedida em casamento logo avisou que não seria uma dona de casa ocupada com seus afazeres domésticos. Sua prioridade era preparar-se para estar entre os maiorais da política britânica, o que logo aconteceu.

Margareth Thatcher, aos 24 anos já tinha seus ideais políticos bem definidos e falava de economia como ninguém. No senado teve de conviver com todos aqueles monstros, que muitas vezes a menosprezavam pelo fato de ser mulher. Mas prevaleceu, foi líder do partido conservador e primeira ministra do Reino Unido. O filme demonstra como o gênero feminino precisa de muito mais fôlego do que o masculino para ser ouvido - isso quando realmente tem algo a dizer. Ela recebe o conselho de alguns dos seus companheiros mais experientes que acreditam nela como força capaz de revolucionar a história, e a preparam para isso.

Alguns hábitos mudam: deixa de usar chapéus adotando um penteado que, segundo os mestres, reforçao seu ar de autoridade, tem aulas que a preparam para impostar melhor a sua voz e outros detalhes que no todo valorizam o que ela tinha de melhor: conhecimento, visão estratégica, poder para fazer o que tinha de ser feito naquele momento no país.
Famosa por suas medidas impopulares, liderou a Grã-Bretanha numa das suas piores fases, no auge da recessão do petróleo, nos anos 70 e por fim, no comando da guerra contra a Argentina em defesa das Ilhas Malvinas. Seu desempenho rendeu-lhe o apelido, internacionalmente conhecido: Dama de Ferro. Mostra interesses, conflitos, dá algumas razões para os representantes do poder agir daquela forma.
O filme não apresenta uma grande história, apesar de servir de estímulo ao gênero feminino e merecer o seu registro cinematográfico. Porém, o que realmente faz o espectador admirar a Dama de Ferro é sem dúvida o talento de sua intérprete. Ela surge em duas fases da vida, o que leva o espectador a pensar por alguns instantes em que bagagem terá lá na frente, quando tudo for pasado: a carreira, a juventude, ou mesmo a saúde. Vem o envelhecimento de Margareth Thatcher, ainda com suas vaidades, lembranças e devaneios, com um semblante que na primeira cena faz duvidar que seja Meryl Streep. Irreconhecível e digna do seu terceiro Oscar.






TALITA GODOY - MARÇO 2012


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FILME: O ARTISTA

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FILME: O ARTISTA

DIREÇÃO: Michel Hazanavicius

Elenco: Jean Dujardin, Bérénice Bejo, John Goodman, James Cromwell, Penelope Ann Miller, Missi Pyle, Beth Grant, Ed Lauter, Joel Murray, Bitsie Tulloch, Ken Davitian, Malcolm McDowell

Preto e branco, mudo. Falando em cinema, certamente estamos nos referindo a um típico filme dos anos 20 ou 30, no máximo. Mas engana-se quem imagina que O Artista foi produzido e publicado em outra época, senão em pleno século XXI, levando o ator francês Jean Dujardin a receber o Oscar como Melhor Ator, em 2012.
A história relata os dias de glória de um famoso ator de cinema, George Valentin, com seu charme, carisma e elegância, encantando as platéias que iam ao delírio com sua performance numa época em que não havia som, apenas imagem, no cinema.  Ele conhece uma jovem dançarina, Peppy Miller, a quem admira e que logo alcança fama como atriz por seu talento nas telas. A diferença entre acreditar e não acreditar nos tempos atuais os afasta por um período.
Surgem os avanços tecnológicos e ele não se deixa envolver por esta nova era. Prefere apegar-se ao velho, esforçando-se para não deixar aquela fase antiga ser devorada pela novidade que trazia a fala para cinema. Num período de crise mundial causada pela quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, ele investe todas as suas posses na produção de um último filme, mas sem sucesso algum. O público agora quer o novo, quer o áudio, quer falas num diálogo em que as vozes dos atores complementam a sua atuação. Assim, ele acaba esquecido.

A linguagem cinematográfica mudou, pois a tecnologia foi capaz de revolucioná-la.  O filme retrata a angústia que possivelmente uma geração de profissionais possa ter vivenciado naquela fase de ruptura com o estilo antigo. Mesmo sentimento que sempre perturbará a alguns diante de algo novo. E quem nunca se sentiu assim? Pergunta pertinente já que não podemos imaginar o que mais a tecnologia nos prepara para um futuro tão próximo em que seremos os novos idosos do pedaço. Dá medo sim, mas a exemplo do filme, temos que nos adaptar e seguir adiante. E como toda boa história, esta também traz como pano de fundo o despertar de um romance heróico. 

Sem os tons coloridos ou as aventuras e grandes efeitos especiais ao qual já nos acostumamos, mas com uma simplicidade, riqueza de sentimentos e uma música interrompida apenas por alguns momentos de silêncio dramático, O Artista desafia ao mundo atual, nos fazendo relembrar - e para muitos conhecer - um período de revolução e impulso tecnológico, abrindo passagem para novos tempos. E este desafio poderia desagradar ao público atual, mas felizmente nos encantou por sua história, considerada uma homenagem aos cinema dos anos 20. 
Vale ressaltar que não apenas o ator principal mereceu o Oscar, mas seu fiel companheiro Uggie, cão da raça Juck Russell Terrier. Ele dá um show de interpretação, fazendo a platéia se comover e curtir o filme com boas risadas. Uggy recebeu em Hollywood o primeiro Golden Collar, ou coleira de ouro– versão canina do prêmio de melhor cão ator. Justo!


 



TALITA GODOY - MARÇO 2012


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Livro - Superdicas para escrever bem

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Livro: Superdicas para escrever bem diferentes tipos de texto
Autora: Edna M. Barian Perrotti
Editora: Saraiva – São Paulo, 2006

Antes de mais nada, a autora se propõe a quebrar o gelo daqueles que, por algum motivo, precisam escrever e não sabem por onde começar. Com seu jeito simples com as palavras, Perrotti faz parecer descomplicado o ato da escrita, incentivando o leitor a perder o medo e lançar suas idéias no papel. E orienta, organiza, faz pensar de forma racional sobre aquilo que tem que ser dito.
Para cada tipo de texto, uma dica específica, mas a maioria delas se encaixa para todos os gêneros de escrita, pois relembra algumas regras ortográficas ou de etiqueta na escrita. Aborda temas como coerência, ligação ente parágrafos, desenvolvimento dos mesmos com especial atenção ao seu início.

Em certo ponto, a autora se dedica aos textos mais voltados à área acadêmica. Aconselha ao leitor ter conhecimento das normas que regem esta modalidade de escrita, assim como a escolha e delimitação do tema, a necessidade de leitura, pesquisa, busca de referencial teórico e outras orientações tão necessárias ao desenvolvimento de um texto apropriado.

Faz com que o leitor perceba detalhes importantes e indispensáveis. E neste treino de leitura o faz fechar o livro com ânimo para iniciar o seu trabalho, que é escrever. Foi assim que comecei aqui.





Talita Godoy - Março / 2012


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