Por contribuição do meu sempre querido professor Moisés Olímpio, segue um texto, creio eu ser verídico, que circulou recentemente na Internet.
A realidade de nossa (Des)educação.
ATRIBUIÇÃO DE NOTAS
– Caro professor o chamei aqui na sala da direção pois constatei que você
atribuiu nota zero a vários alunos.
– Sim, são alunos que não fazem nada, mal trazem o material, ficam a brincar e
raramente abrem os cadernos. Até pedi a convocação dos pais, porém não
solucionou o caso.
– Entendo, vejamos um caso…este aqui, C. F.S.; você o conhece.
– Sim, é da oitava série.
– Humm, ele frequenta a escola.
– Sim.
– Então merece um ponto, não acha, afinal possui algum conhecimento geográfico,
consegue chegar à escola, sem contar que consegue localizar a sala. Convenhamos
então que o aluno está presente e merece um ponto pela simples presença!
Aliás, ele traz material.
– Sim, mas não usa.
– Ora professor, se ele traz o material, ele consegue contextualizar o momento
histórico, sabe que vem para a escola e que deve trazer o material, mais um
ponto.
– Às vezes ele vem sem, e pede para coleguinhas.
– Ora, então ele sabe fazer interações, devemos levar isso em conta, logo mais
um ponto. Ademais, se olharmos bem, chegar até a oitava série sem
desistir, devemos estimular esse jovem, mais um ponto. Diga-me, ele sabe
escrever o próprio nome.
– Sim.
– Então mais um ponto. E você, professor, é um aluno seu, você deve ter dado
recuperações para esse aluno, e ele merece uma nota, pois foi oportunizado!
Finalmente, a escola, nossa escola tem o objetivo de garantir o sucesso do
aluno, assim a própria escola tem o dever de atribuir um ponto ao aluno em
questão. Agora vejamos, três, cinco…sete. Pronto professor, o aluno que você
daria zero agora tem sete, veja que daria uma nota zero a um aluno de sete!
Deve mudar seu conceito de avaliação caro mestre!
– E o meu de escola também.
– Ora professor, que nota atribui a nossa escola, zero também?
– Não sete.
Autor: Profº. Ricardo Gomes Pereira