Num dia da semana qualquer, o que é que você faz?!
A maioria trabalha, e reclama da vida....outros aproveitam a falta de atividade remunerada para arranjar o que fazer. E foi o que eu fiz, vou lhes contar.
Tirei o dia para fazer pão. Ou melhor, para aprender essa loucura que é quebrar ovos, misturar a massa, derramar o leite, sovar e esperar pela mágica.
Como num milagre, lá vem ela, a massa do pão que acabamos de formar repousa e cresce. Depois de muitos sopapos, solavancos, farinha nela, dá o ponto e é colocada numa caixa plástica, com tampa.
Minha mãe cobria com pano de prato, mas não pode - a massa precisa umidecer, e o pano absorve a umidade. Melhor, segundo me ensinaram, é usar plástico filme cobrindo uma tigela ou colocar a massa numa caixa grande tampada, do tipo organizadora, sabe qual?
Os utencílios da minha mãe eram de madeira, os da mãe dela também. Mas como descobriram que o mundo é infestados de germes e bactérias, o mercado criou o rolo e a tábua de PVC, ou de plástico, que adere menos coisa ruim do que a madeira. Faz sentido, embora minha mãe pudesse dizer "que nada"!
De todos os truques ensinados naquele curso, o mais interessante, na minha modesta opinião, foi o fato de ensinarem a fazer pão de graça e estimularem o negócio para quem precisa.
E não por acaso o lema é: "mais do que dar o pão, ensinamos a fazer". Lembra daquela diferença entre dar o peixe e ensinar a pescar? A mesma coisa.
Local privilegiado para uma padaria artesanal:
Parque da Água Branca / zona oeste de São Paulo
Longe de mim fazer propaganda do governo, pois ando muito chateada com ele....devo admitir que por acaso encontrei um programa diferente e fui conferir - sendo de graça vou mesmo! E me surpreendi. A qualidade do material oferecido, camiseta eapostila, entre outros, a recepção com café da manhã e principalmente o resultado dos pães produzidos na aula, são de outro gabarito em relação ao que estamos, infelizmente, nos acostumando a ver em termos de programas do governo.
E não por acaso - parte II - sua dirigente é a senhora Lu Alckmin, que criou a "Padaria Artesanal", como ação do Fundo Social de Solidariedade do EStado de São Paulo. A sede fica no Parque da Água Branca, onde se oferece o curso de 8 horas, com certificado e muitos bons tratos aos alunos.
Dia puxado, em que a mente não tem espaço e nem um segundo para pensar em mais nada, é foco na massa esperando o pão. O pão não, ao todo são 10 receitas, entre doces e salgados. Uma deliciosa terapia que me tirou do cotidiano para viver uma experiência inédita, que eu nunca havia imaginado. Simplesmente vi a oportunidade e fui.
Claro que nao sei exatamente como funciona o Fundo Social, de onde vem os recursos, os produtos, o material todo, pois agora tudo no governo, seja em qualquer esfera, cheira mal, mas confesso que fiquei impressionada com o resultado - este sim cheira bem demais... Tanto que recomendo a todos que gostam de culinária ou queriam apenas ter um dia fora do comum.
Esperava produzir um texto cheio de analogias, piadinhas ou trocadilhos, mas não quero mesmo elogiar o governo, quero apenas reconhecer algo bom e que acaba por ajudar pessoas que saem dalí com uma oportunidade de produzir para consumo ou para vender, quem sabe, com muitas dicas de higiene, cuidado com os alimentos, com a embalagem, cálculo dos gastos e da mão de obra, informações que não se têm todo dia por aí. Ok, admito que gostei sim.... E muito!
Que outras iniciativas como esta se desenvolvam para fazer a diferença.
#Fica a dica!
Para saber mais: procure o site do Fundo Social de Solidariedade - Padaria Artesanal. Para agendar sua vaga ligue para: 21938969
Talita Godoy
20/05/2015
¨