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domingo, 7 de junho de 2015

Exposição: 100 anos de garrafa

Genial! Mais uma ação de Marketing de uma das marcas mais famosas do mundo veio alegrar o feriadão dos paulistanos, no Parque Villa Lobos, neste final de semana.

Quem estava passeando por lá, deve ter visto a tenda gigantesca montada pela marca para receber os visitantes e apreciadores do seu produto, o refrigerante vendido há mais de cem anos, presente hoje em todo planeta, em comemoração aos 100 anos da sua inconfundível garrafa. 





Na chegada, uma recepção para distribuir os “ingressos”, onde o convidado deveria preencher seu nome, e-mail e duas perguntas-chave: o quanto você gosta do produto e se consome ou não.

Fui sincera ao responder: indiferente, para a primeira pergunta e sim para a segunda, embora prefira sempre evitar, como o fiz bravamente quando logo na primeira sala da exposição foi servido um exemplar mostrando a temperatura considerada ideal para consumo: bem gelada.

Gostoso só de olhar, por isso mesmo me contento em consumir apenas com os olhos e com a imaginação...!!! Dizem que se você engana o cérebro por meio dessas sensações, não é necessário comer ou beber para se saciar, ele recebe uma mensagem de “consumido” e te deixa feliz, do mesmo jeito. #Fica a dica!

A mesma experiência tive quando trabalhei um tempo pesquisando alimentos orgânicos. Assisti a alguns documentários que me deixaram tão impressionada que a partir dali deixei de consumir alguns produtos industrializados, ou reduzi bastante outros. Notei como fazem mal ao organismo, pelo menos o meu ficou mais alerta, e não sentiu falta de hambúrguer e refrigerante, menos ainda de frituras e outras guloseimas. Tudo isso junto, então, chegou a dar nojo pela bola que vira no estômago, indo tudo paro o saco, ou seja, sem contribuir de forma alguma para o bom funcionamento do organismo. 

Então qual o sentido de gastar dinheiro com essas coisas, além de enriquecer o dono da indústria e o setor de saúde, que irá me tratar depois que meu organismo adoecer?  Deixo para consumir apenas em ocasiões muito especiais, sempre em companhia de alguém, porque sozinha, devo ter feito isso menos do que uma vez por ano desde os anos 2000. E não sinto falta, que bom.

Mas entendo o fascínio das pessoas por certos alimentos e outros objetos de consumo em geral. O problema é a danada da divulgação, do Marketing, da propaganda em si, que, sendo bem feita, parece hipnotizar o consumidor. Cria tanta paixão, que mesmo não sendo o melhor do mundo é consumido como se fosse, justamente porque as pessoas amam aquilo. E dá até medo do que o marketing pode fazer por um produto ou marca quando acerta na fórmula do sucesso. Sem dúvida, é o caso da Coca-Cola.  




Não sei se para os outros a ação pode ser considerada sutil, mas achei bem clara a ideia de: divirtam-se e nos ajude, gratuitamente, a divulgar ainda mais a marca e a mantê-la no topo das paradas de sucesso! Isso por que nos fizeram, logo na entrada, quase jurar de pés juntos, que iríamos postar as fotos nas redes sociais com a hashtag determinada por eles e a frase ordem do dia. Esqueci, pois o moço bonito que pedia para repetirmos em coro percebeu que eu não ia fazer nada daquilo e ficou me encarando, talvez para me inibir ou me fazer mudar de ideia. 

Devo admitir que a estratégia é muito boa e funciona, tanto que estou participando aqui, no meu Blog.  

Em termos de Marketing é impressionante notar como a marca se firmou e se caminhou nestes 100 anos. Acertou na embalagem como ninguém. Não é só do refrigerante que as pessoas gostam, mas da cor, do formato, das variações temporárias que surgem para renovar, atualizar e manter a marca no topo, sempre voltando ao seu formato tradicional, já consagrado pelo público.





Refrigerante é o carro-chefe, mas na exposição foram mostrados outros objetos que carregam a marca para que ela seja vista como pop, atual, moderna, símbolo de status. Vimos obras de arte e artistas, por exemplo, brincando com a marca; até em guitarras e capas de disco elas já foram parar. Associadas com lanches rápidos de bronze, personalidades e obeliscos emblemáticos, distribuem a alegria da sua presença pelo mundo.

Senti falta dos anos 1980 na exposição: nada dos iô-iôs ou dos engradados com as garrafinhas miniaturas ou dos jingles tão famosos por aqui. Talvez seja uma exposição mundial, que privilegiou apenas o que foi produzido para a comemoração dos 100 anos da garrafa ou do que é famoso em todo mundo. Mas fez falta para o público brasileiro, creio que não apenas eu notei esse fato. Seria bacana rever antigos os comerciais, sempre um grande sucesso no recreio das escolas, onde a garotada cantava as musiquinhas e fazia jogos com elásticos, com as mãos ou em coreografias que a turma toda conhecia.

Falando assim, logo sou eu a comemorar 100 anos de vida...rs!




Foi ressaltado pelos monitores que nos acompanharam pela viagem ao passado, como foi projetada a garrafa, alguns dos outros modelos antigos, e o mais interessante, a experiência sensorial proporcionada aos visitantes que podiam sentir a temperatura ideal, tocar na garrafa giratória para perceber que de qualquer ângulo se percebe que é o refrigerante daquela marca, ou que mesmo em fragmentos é possível saber que trata-se de uma garrafa específica.

Em outra sala, quando a pessoa se aproximava da tela, sua imagem era refletida em relevo numa espécie de caixa de areia colorida tecnológica, muito bacana para fotografar, especialmente se fosse com a garrafinha na mão! Não para mim, mas para a maioria que fez questão de exibir o produto na imagem. E davam todo tempo do mundo para as fotos, sempre nos lembrando de postar nas redes sociais.  





E por falar em fotografia, quem resiste a uma dessas cabines de montagem que faz uma foto instantânea? Nem eu escapei, mas foi pela diversão e pelo retrato registrado com pessoas queridíssimas que estavam comigo: Claudio Patez, Washington, Domingos, Valérias I e II. 








E por falar em pessoas queridíssimas que estavam comigo... o programa foi um convite do Alexandre, do curso de Publicidade e Propaganda, que trabalhou no evento exibindo sua belíssima figura e simpatia! Além de eventos ele faz trabalhos como modelo fotográfico, desfiles e arrasa por aí. Foi generoso em dividir conosco a informação do evento, e de fato aprendemos mais sobre a marca, vivenciamos experiências divertidas e passamos um momento juntos que foi bastante agradável, sem contar a visita ao parque Villa Lobos em plena semana que se comemora o dia do Meio-Ambiente, pois sou fã do trabalho desenvolvido pelos irmãos, cujo nome do parque é uma homenagem.








Aliás, a instalação da tenda é estratégica, fica bem na entrada do parque junto à estação de trem, para não ter como não ver! Tudo extremamente bem pensado, com foco na ação de Marketing do começo ao fim. 

Não é à toa que a marca é líder no seu segmento e referência em Marketing para toda e qualquer outra empresa que queria saber como se faz uma boa divulgação, criar vínculos com o consumidor, lembrança, afeto e novos adeptos, sempre.

Parabéns pelos 100 anos da garrafa Coca-Cola e ao pessoal de Marketing, sempre incrível no que faz.

Talita Godoy
06/06/2015