Genial!
Mais uma ação de Marketing de uma das marcas mais famosas do mundo veio alegrar o
feriadão dos paulistanos, no Parque Villa Lobos, neste final de semana.
Quem
estava passeando por lá, deve ter visto a tenda gigantesca montada pela marca
para receber os visitantes e apreciadores do seu produto, o refrigerante vendido há mais de cem anos, presente hoje em todo planeta, em comemoração aos 100 anos da sua inconfundível garrafa.
Na
chegada, uma recepção para distribuir os “ingressos”, onde o convidado deveria
preencher seu nome, e-mail e duas perguntas-chave: o quanto você gosta do
produto e se consome ou não.
Fui
sincera ao responder: indiferente, para a primeira pergunta e sim para a
segunda, embora prefira sempre evitar, como o fiz bravamente quando logo na
primeira sala da exposição foi servido um exemplar mostrando a temperatura
considerada ideal para consumo: bem gelada.
Gostoso
só de olhar, por isso mesmo me contento em consumir apenas com os olhos e com a
imaginação...!!! Dizem que se você engana o cérebro por meio dessas sensações,
não é necessário comer ou beber para se saciar, ele recebe uma mensagem de “consumido”
e te deixa feliz, do mesmo jeito. #Fica a dica!
A
mesma experiência tive quando trabalhei um tempo pesquisando alimentos
orgânicos. Assisti a alguns documentários que me deixaram tão impressionada que
a partir dali deixei de consumir alguns produtos industrializados, ou reduzi bastante outros.
Notei como fazem mal ao organismo, pelo menos o meu
ficou mais alerta, e não sentiu falta de hambúrguer e refrigerante, menos ainda
de frituras e outras guloseimas. Tudo isso junto, então, chegou a dar nojo pela bola que vira no
estômago, indo tudo paro o saco, ou seja, sem contribuir de forma alguma para o
bom funcionamento do organismo.
Então
qual o sentido de gastar dinheiro com essas coisas, além de enriquecer o dono
da indústria e o setor de saúde, que irá me tratar depois que meu organismo
adoecer? Deixo para consumir apenas em
ocasiões muito especiais, sempre em companhia de
alguém, porque sozinha, devo ter feito isso menos do que uma vez por ano desde os anos 2000. E não
sinto falta, que bom.
Mas
entendo o fascínio das pessoas por certos alimentos e outros objetos de consumo
em geral. O problema é a danada da divulgação, do Marketing, da propaganda em
si, que, sendo bem feita, parece hipnotizar o consumidor. Cria tanta paixão,
que mesmo não sendo o melhor do mundo é consumido como se fosse, justamente
porque as pessoas amam aquilo. E dá até medo do que o marketing pode fazer por
um produto ou marca quando acerta na fórmula do sucesso. Sem dúvida, é o caso
da Coca-Cola.
Não sei se para os outros a ação pode ser considerada sutil, mas achei bem clara a ideia de: divirtam-se e nos ajude, gratuitamente, a divulgar ainda mais a marca e a mantê-la no topo das paradas de sucesso! Isso por que nos fizeram, logo na entrada, quase jurar de pés juntos, que iríamos postar as fotos nas redes sociais com a hashtag determinada por eles e a frase ordem do dia. Esqueci, pois o moço bonito que pedia para repetirmos em coro percebeu que eu não ia fazer nada daquilo e ficou me encarando, talvez para me inibir ou me fazer mudar de ideia.
Devo admitir que a estratégia é muito boa e funciona, tanto que estou participando aqui, no meu Blog.
Em
termos de Marketing é impressionante notar como a marca se firmou e se caminhou
nestes 100 anos. Acertou na embalagem como ninguém. Não é só do refrigerante
que as pessoas gostam, mas da cor, do formato, das variações temporárias que
surgem para renovar, atualizar e manter a marca no topo, sempre voltando ao
seu formato tradicional, já consagrado pelo público.
Refrigerante
é o carro-chefe, mas na exposição foram mostrados outros objetos que carregam a
marca para que ela seja vista como pop, atual, moderna, símbolo de status.
Vimos obras de arte e artistas, por exemplo, brincando com a marca; até em
guitarras e capas de disco elas já foram parar. Associadas com lanches rápidos
de bronze, personalidades e obeliscos emblemáticos, distribuem a alegria da sua
presença pelo mundo.
Senti
falta dos anos 1980 na exposição: nada dos iô-iôs ou dos engradados com as
garrafinhas miniaturas ou dos jingles tão famosos por aqui. Talvez seja uma
exposição mundial, que privilegiou apenas o que foi produzido para a
comemoração dos 100 anos da garrafa ou do que é famoso em todo mundo. Mas fez
falta para o público brasileiro, creio que não apenas eu notei esse fato. Seria
bacana rever antigos os comerciais, sempre um grande sucesso no recreio das
escolas, onde a garotada cantava as musiquinhas e fazia jogos com elásticos,
com as mãos ou em coreografias que a turma toda conhecia.
Foi
ressaltado pelos monitores que nos acompanharam pela viagem ao passado, como
foi projetada a garrafa, alguns dos outros modelos antigos, e o mais
interessante, a experiência sensorial proporcionada aos visitantes que podiam
sentir a temperatura ideal, tocar na garrafa giratória para perceber que de
qualquer ângulo se percebe que é o refrigerante daquela marca, ou que mesmo em
fragmentos é possível saber que trata-se de uma garrafa específica.
Em
outra sala, quando a pessoa se aproximava da tela, sua imagem era refletida em relevo numa espécie de caixa de areia colorida tecnológica, muito bacana para
fotografar, especialmente se fosse com a garrafinha na mão! Não para mim, mas
para a maioria que fez questão de exibir o produto na imagem. E davam todo tempo do mundo para as fotos, sempre nos lembrando de postar nas redes sociais.
E
por falar em fotografia, quem resiste a uma dessas cabines de montagem que faz
uma foto instantânea? Nem eu escapei, mas foi pela diversão e pelo retrato
registrado com pessoas queridíssimas que estavam comigo: Claudio Patez, Washington, Domingos, Valérias I e II.
E
por falar em pessoas queridíssimas que estavam comigo... o programa foi um
convite do Alexandre, do curso de Publicidade e Propaganda, que trabalhou
no evento exibindo sua belíssima figura e simpatia! Além de eventos ele faz trabalhos como
modelo fotográfico, desfiles e arrasa por aí. Foi generoso em dividir conosco a
informação do evento, e de fato aprendemos mais sobre a marca, vivenciamos
experiências divertidas e passamos um momento juntos que foi bastante
agradável, sem contar a visita ao parque Villa Lobos em plena semana que se
comemora o dia do Meio-Ambiente, pois sou fã do trabalho desenvolvido pelos
irmãos, cujo nome do parque é uma homenagem.
Aliás,
a instalação da tenda é estratégica, fica bem na entrada do parque junto à
estação de trem, para não ter como não ver! Tudo extremamente bem pensado, com foco na ação de Marketing do começo ao fim.
Não
é à toa que a marca é líder no seu segmento e referência em Marketing para toda
e qualquer outra empresa que queria saber como se faz uma boa divulgação, criar
vínculos com o consumidor, lembrança, afeto e novos adeptos, sempre.
Parabéns
pelos 100 anos da garrafa Coca-Cola e ao pessoal de Marketing, sempre incrível no
que faz.
Talita
Godoy
06/06/2015