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domingo, 31 de março de 2013

P.O. resumo da aula 03



PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
RESUMO DA AULA 03 (01/04/2013)


Teoria das Inteligências Múltiplas

Howard Gardner classificou diversos tios de inteligência, que vão além do Quociente de Inteligência (QI):
·         Lógico / Matemática: capacidade de raciocínio lógico e compreensão dos modelos matemáticos. Habilidade de lidar com conceitos científicos;
·         Linguística: domínio de expressão com a linguagem verbal;
·         Espacial: sentido de movimento, localização e direção;
·         Musical: domínio da expressão com sons;
·         Corporal / Cinestésica: domínio dos movimentos do corpo;
·         Naturalista: facilidade de aprender os processos da natureza (essa categoria pode ser incluída na categoria interpessoal);
·         Interpessoal: capacidade de se relacionar com o outro, entender reações e criar empatia;
·         Intrapessoal: capacidade de autocompreensão, automotivação e conhecimento de si mesmo. Habilidade de administrar os sentimentos a seu favor.

Gardner afirma que não somos todos iguais, nem temos todos o mesmo potencial em cada tipo de inteligência. Fatores genéticos, ambientais e culturais participam da “qualidade” da nossa inteligência. Alguém pode ter todo potencial (do ponto de vista genético), mas se não tiver oportunidade de aprendizagem, motivação e bons educadores (mestres), e não irá desenvolvê-lo.

A inteligência intrapessoal de Gardner, somada à capacidade de se relacionar, é o que se tem chamado de Inteligência Emocional. Pesquisas apontam para um cérebro pensante e um cérebro emocional.

O termo “Inteligência Emocional” se tornou conhecido a partir do livro do pesquisador Daniel Goleman: “Inteligência Emocional – A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente”.

Os 05 domínios das aptidões emocionais são: autoconsciência; controle das emoções; automotivação; empatia e capacidade para lidar com a emoção do outro.
·         Intrapessoal: conteúdos internos
·         Interpessoal: mundo externo e nossa percepção desse meio ambiente

A comunicação humana tem por essência os domínios da aptidão emocional, que são domínios interdependentes, mas que derivam das capacidades interpessoal e intrapessoal.  A somatória desses processos dirige nossas ações.

A qualidade e a produtividade no trabalho também depende,em certo modo, dessa interação entre o interpessoal e o intrapessoal, que resulta no desenvolvimento da inteligência emocional do indivíduo. A Inteligência Emocional também se caracteriza pela habilidade interpessoal para lidar com as emoções do outro.

Autoconsciência
1.       Ao final de cada dia, reserve um espaço de alguns minutos para “rever” – como se fosse um filme – você em ação durante o trabalho.
2.       Identifique suas sensações, ações e sentimentos, numa visão panorâmica sobre o seu dia de trabalho.
3.       Focalize situações que você sente que merecem maior entendimento. Identifique seus sentimentos na situação em foco.
4.       Esclareça suas situações se perguntando: “o que pretendo agindo dessa forma”? Para que estou agindo assim?
5.       Perceba suas atitudes e pergunte-se: “como estou sendo visto pelos outros”?
6.       Faça avaliações sobre si mesmo.
7.       Identifique sensações e sentimentos: “O que estou vendo? Ouvindo? Sentindo”?
8.       Assuma sua responsabilidade por suas percepções, avaliações, gestos, palavras e ações. Não atribua ao outro o que está acontecendo.
9.       Observe e entenda suas reações corporais. O corpo fala: tom de voz alto pode ser euforia ou irritação; pernas balançando ou caneta batendo na mesa, podem ser sinais de ansiedade ou impaciência: olhar suave e sorriso no rosto, identificam bem-estar; transpiração exagerada, “frio na barriga”, podem ser excitação ou medo.

Para facilitar as vivências práticas do autoconhecimento, vamos relacionar o que teóricos chamam de famílias básicas de emoções, e alguns dos seus membros:
·          
              Ira: fúria, revolta, ressentimento, raiva, irritabilidade, indignação e hostilidade;
·     Tristeza: mágoa, desânimo, melancolia, solidão, autopiedade, desespero e depressão;
·         Medo: ansiedade, apreensão, preocupação, inquietação e pavor;
·         Prazer: felicidade, alegria, alívio, contentamento, orgulho, êxtase sexual, prazer sexual, euforia e bom humor;
·         Amor: aceitação, amizade, confiança, afinidade, dedicação e paixão;
·         Surpresa: choque, espanto, pasmo e maravilha;
·         Nojo: desprezo, desdém, antipatia, aversão, repugnância e repulsa;
·         Vergonha: culpa, vexame, mágoa, remorso, humilhação e arrependimento.

Outras emoções podem ser caracterizadas por combinações. Por exemplo, a ira somada com tristeza provoca emoção de ciúme. Há infinitas emoções que não estão classificadas devido à sofisticação ou sutileza das mesmas.

O controle emocional está intrinsecamente ligado com a força de vontade. A aceitação de que sentimentos que aparecem intempestivamente ameaçam nossa estabilidade, é o princípio do domínio sobre os mesmos.  O controle das emoções perturbadoras é o segredo do bem-estar emocional. Todo sentimento tem seu valor e função, nosso objetivo é o equilíbrio.

MOTIVAÇÃO
Uso do nosso sistema emocional como estimulador de nossos propósitos na vida pessoal ou profissional.

Todos nós reconhecemos e experimentamos situações onde as perturbações emocionais influenciaram nossos processos mentais. Elevado grau de ansiedade, mau humor, euforia, tristeza, melancolia, desviam nossa concentração, percepção, atenção, memória e “lógica racional”, para nossas próprias ruminações (preocupações crônicas) de pensamentos, boicotando, dessa forma, todas as nossas iniciativas de concentração e produtividade.

Plano para combater a desmotivação

Primeiro passo: identificação dos fatores que possam bloquear a motivação e aceitá-los como influências negativas; exemplos: excesso de informações, ansiedade elevada pela pressão de prazos. Falta de um plano de ação; ambiente físico desfavorável; autocrítica destrutiva; desânimo frente ao livro ou computador.

Segundo passo: ação para não ser “inundado” pelos efeitos das emoções negativas. Um breve distanciamento pode ser favorável para “oxigenar” novamente o cérebro e dar espaço para novas ideias e para a percepção dos fatores que estão interferindo na automotivação.

Terceiro passo: ações que “liberem” a energia de emoções positivas. Estimular a criatividade com gestos simples podem ajudar, por exemplo, brincadeiras infantis, contato com a natureza, movimentação do corpo. A oxigenação do cérebro eleva o humor, proporcionando um ambiente favorável para o surgimento de uma luz inspiradora.

Quarto passo: Concomitantemente à situação de bem-estar, o mundo das ideias aparece com maior suavidade, permitindo o ordenamento das mesmas a serviço de uma atividade.

Quinto passo: manutenção do estado de espírito positivo através do pensamento otimista e redução da autocrítica destrutiva. Elaboração de pensamentos “sei que sou capaz” e “posso me desenvolver para executar um bom trabalho”.

Sexto passo: Estabelecimento de metas e definição dos instrumentos favoráveis à automotivação. Exemplo: prazos de execução.

Sétimo passo: projeção de futuro – imaginação sobre o trabalho pronti, com resultados positivos e gratificantes.

Essa autorregulação emocional nos dá a capacidade de nos mantermos ativamente concentrados, trabalhando na direção no nosso objetivo principal, seja ele organizar um arquivo, redecorar uma sala, solucionar um problema de informática, elaborar um relatório, organizar um evento esportivo, montar uma empresa, atingir excelência no desempenho profissional. A motivação não vem de fora, vem de dentro, portanto não espere que os outros o motivem.      

Empatia 
Altruísmo; saber imaginar como o outro se sente, perceber sua linguagem corporal e agir de forma que demonstre sua compreensão. Empatia é o posto da antipatia.
   
A comunicação humana vai além do conteúdo das palavras;  o corpo fala e as emoções se expressam de diversas formas. É preciso aprender a ver, ouvir e sentir o outro, perceber os “sinais” não verbais. A empatia faz a diferença na comunicação humana, e um diferencial de qualidade, ferramenta indispensável para a habilidade de compreender, lidar e influenciar a emoção dos outros. 

Tendo desenvolvido autoconsciência, controle emocional, automotivação e empatia, estamos aptos para conhecer e impulsionar os sentimentos de outra pessoa, e ter sucesso nos relacionamentos pessoais e profissionais. 



OBS: Esta aula teve por referência o livro Manual do Secretariado Executivo, de Antonio Pires de Carvalho, e Diller Grisson, além dos livros Inteligência Emocional, de Daniel Goleman e Inteligência Emocional no Trabalho, de Hendrie Weisinger (ambos da Editora Objetiva).


***BONS ESTUDOS!!!


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