PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
RESUMO DA AULA 03 (01/04/2013)
Teoria das Inteligências Múltiplas
Howard Gardner classificou
diversos tios de inteligência, que vão além do Quociente de Inteligência (QI):
·
Lógico / Matemática: capacidade de raciocínio
lógico e compreensão dos modelos matemáticos. Habilidade de lidar com conceitos
científicos;
·
Linguística: domínio de expressão com a
linguagem verbal;
·
Espacial: sentido de movimento, localização e
direção;
·
Musical: domínio da expressão com sons;
·
Corporal / Cinestésica: domínio dos movimentos
do corpo;
·
Naturalista: facilidade de aprender os processos
da natureza (essa categoria pode ser incluída na categoria interpessoal);
·
Interpessoal: capacidade de se relacionar com o
outro, entender reações e criar empatia;
·
Intrapessoal: capacidade de autocompreensão,
automotivação e conhecimento de si mesmo. Habilidade de administrar os
sentimentos a seu favor.
Gardner afirma que não somos
todos iguais, nem temos todos o mesmo potencial em cada tipo de inteligência.
Fatores genéticos, ambientais e culturais participam da “qualidade” da nossa
inteligência. Alguém pode ter todo potencial (do ponto de vista genético), mas
se não tiver oportunidade de aprendizagem, motivação e bons educadores
(mestres), e não irá desenvolvê-lo.
A inteligência intrapessoal de
Gardner, somada à capacidade de se relacionar, é o que se tem chamado de
Inteligência Emocional. Pesquisas apontam para um cérebro pensante e um cérebro
emocional.
O termo “Inteligência Emocional”
se tornou conhecido a partir do livro do pesquisador Daniel Goleman: “Inteligência
Emocional – A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente”.
Os 05 domínios das aptidões
emocionais são: autoconsciência; controle das emoções; automotivação; empatia e
capacidade para lidar com a emoção do outro.
·
Intrapessoal: conteúdos internos
·
Interpessoal: mundo externo e nossa percepção
desse meio ambiente
A comunicação humana tem por
essência os domínios da aptidão emocional, que são domínios interdependentes,
mas que derivam das capacidades interpessoal e intrapessoal. A somatória desses processos dirige nossas
ações.
A qualidade e a produtividade no
trabalho também depende,em certo modo, dessa interação entre o interpessoal e o
intrapessoal, que resulta no desenvolvimento da inteligência emocional do
indivíduo. A Inteligência Emocional também se caracteriza pela habilidade interpessoal
para lidar com as emoções do outro.
Autoconsciência
1. Ao
final de cada dia, reserve um espaço de alguns minutos para “rever” – como se
fosse um filme – você em ação durante o trabalho.
2. Identifique
suas sensações, ações e sentimentos, numa visão panorâmica sobre o seu dia de
trabalho.
3. Focalize
situações que você sente que merecem maior entendimento. Identifique seus
sentimentos na situação em foco.
4. Esclareça
suas situações se perguntando: “o que pretendo agindo dessa forma”? Para que
estou agindo assim?
5. Perceba
suas atitudes e pergunte-se: “como estou sendo visto pelos outros”?
6. Faça
avaliações sobre si mesmo.
7. Identifique
sensações e sentimentos: “O que estou vendo? Ouvindo? Sentindo”?
8. Assuma
sua responsabilidade por suas percepções, avaliações, gestos, palavras e ações.
Não atribua ao outro o que está acontecendo.
9. Observe
e entenda suas reações corporais. O corpo fala: tom de voz alto pode ser euforia
ou irritação; pernas balançando ou caneta batendo na mesa, podem ser sinais de
ansiedade ou impaciência: olhar suave e sorriso no rosto, identificam
bem-estar; transpiração exagerada, “frio na barriga”, podem ser excitação ou
medo.
Para facilitar as vivências
práticas do autoconhecimento, vamos relacionar o que teóricos chamam de
famílias básicas de emoções, e alguns dos seus membros:
·
Ira: fúria, revolta, ressentimento, raiva,
irritabilidade, indignação e hostilidade;
· Tristeza: mágoa, desânimo, melancolia, solidão,
autopiedade, desespero e depressão;
·
Medo: ansiedade, apreensão, preocupação,
inquietação e pavor;
·
Prazer: felicidade, alegria, alívio,
contentamento, orgulho, êxtase sexual, prazer sexual, euforia e bom humor;
·
Amor: aceitação, amizade, confiança, afinidade,
dedicação e paixão;
·
Surpresa: choque, espanto, pasmo e maravilha;
·
Nojo: desprezo, desdém, antipatia, aversão,
repugnância e repulsa;
·
Vergonha: culpa, vexame, mágoa, remorso,
humilhação e arrependimento.
Outras emoções podem ser
caracterizadas por combinações. Por exemplo, a ira somada com tristeza provoca
emoção de ciúme. Há infinitas emoções que não estão classificadas devido à
sofisticação ou sutileza das mesmas.
O controle emocional está intrinsecamente
ligado com a força de vontade. A aceitação de que sentimentos que aparecem
intempestivamente ameaçam nossa estabilidade, é o princípio do domínio sobre os
mesmos. O controle das emoções
perturbadoras é o segredo do bem-estar emocional. Todo sentimento tem seu valor
e função, nosso objetivo é o equilíbrio.
MOTIVAÇÃO
Uso do nosso sistema emocional
como estimulador de nossos propósitos na vida pessoal ou profissional.
Todos nós reconhecemos e
experimentamos situações onde as perturbações emocionais influenciaram nossos
processos mentais. Elevado grau de ansiedade, mau humor, euforia, tristeza,
melancolia, desviam nossa concentração, percepção, atenção, memória e “lógica
racional”, para nossas próprias ruminações (preocupações crônicas) de
pensamentos, boicotando, dessa forma, todas as nossas iniciativas de
concentração e produtividade.
Plano para combater a desmotivação
Primeiro passo: identificação dos fatores que possam bloquear a motivação e aceitá-los como influências negativas; exemplos: excesso de informações, ansiedade elevada pela pressão de prazos. Falta de um plano de ação; ambiente físico desfavorável; autocrítica destrutiva; desânimo frente ao livro ou computador.
Segundo passo: ação para não ser “inundado”
pelos efeitos das emoções negativas. Um breve distanciamento pode ser favorável
para “oxigenar” novamente o cérebro e dar espaço para novas ideias e para a percepção
dos fatores que estão interferindo na automotivação.
Terceiro passo: ações que “liberem”
a energia de emoções positivas. Estimular a criatividade com gestos simples
podem ajudar, por exemplo, brincadeiras infantis, contato com a natureza,
movimentação do corpo. A oxigenação do cérebro eleva o humor, proporcionando um
ambiente favorável para o surgimento de uma luz inspiradora.
Quarto passo: Concomitantemente à situação de
bem-estar, o mundo das ideias aparece com maior suavidade, permitindo o
ordenamento das mesmas a serviço de uma atividade.
Quinto passo: manutenção do
estado de espírito positivo através do pensamento otimista e redução da
autocrítica destrutiva. Elaboração de pensamentos “sei que sou capaz” e “posso
me desenvolver para executar um bom trabalho”.
Sexto passo: Estabelecimento de
metas e definição dos instrumentos favoráveis à automotivação. Exemplo: prazos
de execução.
Sétimo passo: projeção de futuro –
imaginação sobre o trabalho pronti, com resultados positivos e gratificantes.
Essa autorregulação emocional nos
dá a capacidade de nos mantermos ativamente concentrados, trabalhando na direção
no nosso objetivo principal, seja ele organizar um arquivo, redecorar uma sala,
solucionar um problema de informática, elaborar um relatório, organizar um
evento esportivo, montar uma empresa, atingir excelência no desempenho profissional.
A motivação não vem de fora, vem de dentro, portanto não espere que os outros o
motivem.
Empatia
Altruísmo;
saber imaginar como o outro se sente, perceber sua linguagem corporal e agir de
forma que demonstre sua compreensão. Empatia é o posto da antipatia.
A
comunicação humana vai além do conteúdo das palavras; o corpo fala e as emoções se expressam de
diversas formas. É preciso aprender a ver, ouvir e sentir o outro, perceber os
“sinais” não verbais. A empatia faz a diferença na comunicação humana, e um
diferencial de qualidade, ferramenta indispensável para a habilidade de
compreender, lidar e influenciar a emoção dos outros.
Tendo desenvolvido
autoconsciência, controle emocional, automotivação e empatia, estamos aptos
para conhecer e impulsionar os sentimentos de outra pessoa, e ter sucesso nos
relacionamentos pessoais e profissionais.
OBS: Esta aula teve por referência o livro Manual do Secretariado Executivo, de Antonio Pires de Carvalho, e Diller Grisson, além dos livros Inteligência Emocional, de Daniel Goleman e Inteligência Emocional no Trabalho, de Hendrie Weisinger (ambos da Editora Objetiva).
***BONS ESTUDOS!!!
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