Resumo da aula – Psicologia Organizacional (06/05/2013)
Características da personalidade humana: aptidões para o trabalho
Algumas diferenças individuais
facilitam o processo de classificação dos trabalhadores, a fim de se colocar a
pessoa certa no lugar certo, além da vantagem de se proporcionar o treinamento
mais adequado para cada grupo.
Um exemplo é o grupo de pessoas
com aptidões físicas, que podem exercer com facilidade serviços que exijam
maior vigor e força física, já os idosos formam outro grupo, que dificilmente
poderia exercer as atividades de rigor físico, mas podem contribuir com sua
experiência e sabedoria em atividades específicas, ou seja, cada grupo corresponde
melhor quando adequado ao desempenho de suas funções.
Entre os grupos, encontram-se as
três dimensões das aptidões físicas, divididas da seguinte forma:
Força muscular
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capacidade para exercer pressão muscular contra
objetos: carregar, arrastar, erguer. Atividades que demandam força física
contínua, envolvendo resistência à fadiga (cansaço muscular).
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Resistência muscular
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capacidade para manter atividade física que
resulte em aumento da pulsação por um período prolongado.
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Qualidade de movimento
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capacidade de flexibilidade, equilíbrio e coordenação.
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Em alguns casos é necessário o
teste de aptidão física para que o candidato ao cargo passe a exercer a função
determinada. É o caso de concursos públicos para admissão de policiais
militares, por exemplo, que precisam ter estatura mínima e alto desempenho
físico.
As dimensões da aptidão cognitiva,
ou mental, que os especialistas chamam de inteligência, envolvem as seguintes
características:
Compreensão verbal
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capacidade de compreender e utilizar efetivamente
a linguagem escrita e falada.
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Habilidades quantitativas
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capacidade de resolver todos os tipos de
problemas aritméticos com rapidez e precisão, inclusive adição, subtração,
multiplicação e divisão, bem como de aplicar as regras matemáticas.
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Capacidade de raciocínio
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capacidade de pensar indutiva e dedutivamente a
fim de criar soluções para problemas novos.
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Inteligência emocional
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capacidade de gerar, reconhecer expressar,
entender e avaliar as próprias emoções e as de outras pessoas, de modo a
lidar com êxito com demandas e pressões sociais.
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Inteligência cultural
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capacidade de observar, interpretar e agir em
manifestações culturais e sociais não familiares e de atuar eficazmente em
ambientes novos e estranhos.
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As três primeiras três dimensões
podem ser mais familiares, especialmente aos estudantes, que desenvolvem, anda
na escola, as aptidões de comunicação, habilidades quantitativas e de raciocínio,
que das três é a que mais envolve aptidão mental. Problemas de lógica, ou de
raciocínio, aplicados em diversos tipos de testes, nem sempre contam com a
simples medição de qualidades quantitativas, e sim da capacidade de criar
soluções para novos problemas, demonstrando que se compreendem princípios, e
não apenas cálculos.
As aptidões da aptidão cognitivas
são úteis para qualquer nível de atividade profissional. Além de indicar bom
rendimento nas tarefas producentes, os trabalhadores com alto nível de aptidão
cognitiva têm a tendência de não se envolverem em comportamentos indesejáveis,
como ociosidade, vandalismo, atos violentos ou de desrespeito aos seus pares e
líderes, portanto torna-se desejável em todos os níveis de trabalho.
Da mesma forma se torna desejável
nos colaboradores o desenvolvimento da inteligência emocional, definida como “conjunto
de aptidões, tanto verbais como não verbais, que permitem à pessoa gerar,
reconhecer, expressar, entender, e avaliar suas próprias emoções e as dos
outros, de modo a lidar com êxito com demandas e pressões sociais” (GOLEMAM,
1998).
A inteligência emocional guia
nossos pensamentos e ações, o que permite administrar as emoções, o humor e o
comportamento, tanto nosso como das outras pessoas.
A inteligência emocionar pode ser
um fator determinante como característica de pessoas que ocupam cargos de liderança,
ou que exijam interação interpessoal, portanto ela se torna fundamental entre
as aptidões cognitivas gerais que marcam os traços da personalidade.
As organizações de trabalho são
organizações sociais, portanto a forma como os colaboradores são vistos de fora
é relevante para definirem suas características de personalidade.
As dimensões da personalidade se
dividem em cinco características:
Extroversão
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Sociável, gregário, decidido, falante, expressivo.
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Ajustamento emocional
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Emocionalmente estável, não deprimido, seguro,
satisfeito.
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Afabilidade
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Cordial, confiante, de boa índole, tolerante, colaborador,
complacente.
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Senso de responsabilidade
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Digno de confiança, organizado, perseverante,
íntegro, empreendedor.
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Interesse
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Curioso, imaginativo, criativo, sensível, aberto,
brincalhão.
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Boa parte da vantagem competitiva
entre as organizações está no fato de acertarem suas escolhas ao contratarem um
novo funcionário, por reconhecerem neles qualidades e características
fundamentais para aqueles que irão trabalhar na linha de frente, em contato
direto com seus clientes. Ao colocarem suas características em uso, esses
colaboradores agregam valor ao serviço prestado ou ao produto vendido,
aumentando o potencial da empresa na questão da competitividade acirrada pelo
fator humano.
Vale a pena verificar do que a
empresa necessita, o que ela espera dos colaboradores, e de forma você pode
contribuir mais e melhor, tanto pela manutenção do seu emprego, como pela
contribuição com o valor que você agrega ao capital intelectual da organização.
Nenhum traço da personalidade é
mais importante do que a força que eles têm quando combinados entre si. Também é
interessante notar que o excesso de algumas características podem se tornar um
problema, por exemplo, para um líder não é adequado ter excesso de afabilidade
ou confiança sem medida. O ideal é a combinação de características, de forma
abalizada.
WAGNER, John, A.; HOLLENBECK, John R,. Comportamento Organizacional: criando vantagem competitiva. São Paulo: Editora Saraiva, 2012.
TALITA GODOY
MAIO/2013
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