Técnicas de Audiovisual – Resumo das aulas (13, 20 e 27/05/2013)
Parte II – Desenvolvimento das tecnologias em comunicação
A palavra comunicação vem do
latim, Communicare, e significa
compartilhar, troca de informações, num conceito mais amplo: transmitir e
receber informações. O exemplo mais básico é uma conversa, em que um fala, o
outro escuta, responde, e assim dá sequência ao diálogo. Outros exemplos se dão
por meio de instrumentos usados para a fala e a escrita, como o telefone, o
e-mail, ou os aparelhos que nos trazem as informações como a televisão e o
rádio.
Esses suportes foram desenvolvidos durante os séculos, e não pararam de
se modernizar, permitindo à humanidade novas formas de se informar e de se
comunicar.
Segue abaixo um resumo dessas
invenções:
Ano
|
Invenção
|
2500 a.C.
|
Tinta
|
1500 a.C.
|
Alfabeto
|
105 d.C.
|
Papel de escrita
|
1450
|
Imprensa de Gutemberg
|
1565
|
Grafite
|
1609
|
Jornal
|
1835
|
Código Morse
|
1837
|
Telégrafo elétrico
|
1840
|
Selo postal
|
1843
|
Aparelho de fax
|
1868
|
Máquina de escrever
|
1876
|
Telefone
|
1894
|
Rádio
|
1958
|
computador
|
1893
|
Internet
|
Antes da escrita e das tintas
coloridas, veio o desenho em argila e tábuas de madeira, com gravetos afiados. Logo
depois surgiram o papel, o lápis e as tintas. Os primeiros papéis eram o papiro
e o pergaminho, depois vieram o papel de escrita, como o atual em que
escrevemos hoje em dia e que já evoluiu para o papel eletrônico, ou o e-paper, uma tela de computador bem
fina, coberta de microesferas, parece uma folha de papel, mas é uma tela de
computador.
As primeiras canetas eram penas
de aves grandes, como o ganso. Depois surgiram as canetas-tinteiros, que
armazenavam a tinta em seu interior, não sendo mais necessário mergulhar a
ponta da pena de ave ou a tira de junco no pote com tinta para a escrita. Por
volta de 1660 surgiu o grafite envolto em madeira. O lápis foi aperfeiçoado em
1795.
Antigamente os livros eram
copiados a mão, pelos escribas, que além de fazerem as cópias, faziam outros
tipos de escrita. Mas no século XV, um joalheiro alemão, de nome Johannes Gutenberg
inventou uma máquina que, por prensa tipográfica, seria capaz de reproduzir os
livros de forma mais rápida e com menor custo. A prensa tipográfica usava tipos
móveis, que são letras e números moldados ou esculpidos em blocos separados,
organizados em linhas formando as palavras. Após a impressão eles poderiam ser
reutilizados, organizados na formação de novas palavras. Antes da invenção do
tipo móvel, era feito um bloco de letras e palavras único para cada página, que
não era reaproveitado após seu uso.
A invenção de Gutenberg revolucionou uma
época da história humana, pois a partir dela, livros como a Bíblia foram
reproduzidos, permitindo que mais pessoas, fora o clero, tivessem acesso às
informações nela contida, o que provocou revoluções, como a causada por Luthero,
que levantou 95 teses fazendo o povo pensar e refletir melhor sobre os conceitos
impostos pela igreja católica. Histórias como estas foram descritas nos filmes “O
nome da rosa” e “Luthero”, que contam seus relatos sobre uma época específica
em que homens contestadores deram sua contribuição ao desenvolvimento cristão
da humanidade.
Já, para pequenas reproduções, em
1868, foi inventada por um jornalista norte-americano, de nome Christopher
Latham Shotes, a máquina de escrever, ou de datilografia, como ficaram
conhecidos os profissionais que a utilizavam, que eram os datilógrafos. Ela era
pequena, compacta, permitia a produção e impressão de pequenos textos por
apenas uma pessoa, que não precisaria utilizar a grande prensa tipográfica e
nem copiar tudo a mão. Esses mesmos textos poderiam, posteriormente, em 1938,
ser copiados numa copiadora, inventada pelo cientista americano Chester Carlson.
A partir daí vieram as impressoras, que acopladas aos computadores, sendo as
mais comuns hoje em dia a impressora que usa jato de tinta e a laser.
A invenção dos computadores e da
Internet reduziu em grande parte o uso dos correios para envio de cartas e
mensagens escritas, contudo, por muito tempo foi o correio que levava e trazia
notícias. Antes mesmo do correio, foram os chamados serviços postais que
serviam a reinos e governos a coletar tanto informações como os impostos do
povo. Em 1850 foi criado n0s Estados Unidos o serviço Pony Express, um serviço de correio que acelerava o processo de
envio de correspondências, poupando semanas e até meses para a entrega de uma
mensagem escrita. Haviam postos de troca dos cavalos pelo caminho, assim os
cavaleiros ganhavam tempo para chegar ao destino em tempo mínimo para a época. Porém,
o serviço durou pouco, pois logo foi criada a primeira linha de telégrafo, e
ficou pronta para uso cruzando o país, dispensando assim os cavaleiros do Pony Express.
Outro avanço tecnológico que revolucionou
o processo de envio de correspondências foi a criação do selo postal, embora
alguns anos antes, mas em outro continente, se deu em 1840, pelo professor
britânico, Rowland Hill. Antes o serviço era pago pelo receptor da
correspondência, e o valor dependia da distância percorrida. Com o selo postal
o valor era fixo e pago pelo emitente, o que simplificou o envio e aumentou o
fluxo.
Os códigos postais também contribuíram para a
organização do destino das correspondências, facilitando sua localização. Eram
letras ou números adicionados ao endereço que indicavam a região a ser
entregue. Foram criados na Alemanha, em 1941, e utilizados na Grã-Bretanha, em
1959, depois nos Estados Unidos, em 1963. Aqui no Brasil, os códigos de
endereçamentos postais, chamados de CEP, começaram a ser usados a partir de
1971.
(Continua...)
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