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domingo, 18 de março de 2012

FILME - A DAMA DE FERRO

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FILME: A DAMA DE FERRO

DIREÇÃO: Phyllida Lloyd

ELENCO: Meryl Streep, Jim Broadbent, Richard E. Grant, Harry Lloyd, Anthony Head, Richard E. Grant, Roger Allam, Olivia Colman, Susan Brown.

      Uma jovem diferente como ela, desde cedo já dava sinais de sua impetuosidade, ousadia e determinação para ir muito além das mulheres do seu tempo. Quando pedida em casamento logo avisou que não seria uma dona de casa ocupada com seus afazeres domésticos. Sua prioridade era preparar-se para estar entre os maiorais da política britânica, o que logo aconteceu.

Margareth Thatcher, aos 24 anos já tinha seus ideais políticos bem definidos e falava de economia como ninguém. No senado teve de conviver com todos aqueles monstros, que muitas vezes a menosprezavam pelo fato de ser mulher. Mas prevaleceu, foi líder do partido conservador e primeira ministra do Reino Unido. O filme demonstra como o gênero feminino precisa de muito mais fôlego do que o masculino para ser ouvido - isso quando realmente tem algo a dizer. Ela recebe o conselho de alguns dos seus companheiros mais experientes que acreditam nela como força capaz de revolucionar a história, e a preparam para isso.

Alguns hábitos mudam: deixa de usar chapéus adotando um penteado que, segundo os mestres, reforçao seu ar de autoridade, tem aulas que a preparam para impostar melhor a sua voz e outros detalhes que no todo valorizam o que ela tinha de melhor: conhecimento, visão estratégica, poder para fazer o que tinha de ser feito naquele momento no país.
Famosa por suas medidas impopulares, liderou a Grã-Bretanha numa das suas piores fases, no auge da recessão do petróleo, nos anos 70 e por fim, no comando da guerra contra a Argentina em defesa das Ilhas Malvinas. Seu desempenho rendeu-lhe o apelido, internacionalmente conhecido: Dama de Ferro. Mostra interesses, conflitos, dá algumas razões para os representantes do poder agir daquela forma.
O filme não apresenta uma grande história, apesar de servir de estímulo ao gênero feminino e merecer o seu registro cinematográfico. Porém, o que realmente faz o espectador admirar a Dama de Ferro é sem dúvida o talento de sua intérprete. Ela surge em duas fases da vida, o que leva o espectador a pensar por alguns instantes em que bagagem terá lá na frente, quando tudo for pasado: a carreira, a juventude, ou mesmo a saúde. Vem o envelhecimento de Margareth Thatcher, ainda com suas vaidades, lembranças e devaneios, com um semblante que na primeira cena faz duvidar que seja Meryl Streep. Irreconhecível e digna do seu terceiro Oscar.






TALITA GODOY - MARÇO 2012


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